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O que é neuromodulação?
A neuromodulação pode ser compreendida como um conjunto de técnicas que alteram a atividade dos nervos por meio de estímulos aplicados em regiões específicas do sistema nervoso. Em termos simples, é como oferecer um “impulso” ao funcionamento neural para restabelecer o equilíbrio das atividades nervosas. Esse processo pode ajudar a recuperar funções ou reduzir sintomas que têm origem ou influência neurológica.
Nos últimos anos, diversas formas de neuromodulação vêm sendo utilizadas como alternativa para pacientes que não respondem adequadamente a medicamentos ou cirurgias. Por atuar diretamente sobre o sistema nervoso, essa abordagem tem aplicação em vários distúrbios neurológicos e psiquiátricos, sendo escolhida de acordo com a técnica empregada e o quadro clínico do paciente.
Como surgiu esse tratamento ?
A neuromodulação representa um avanço importante no tratamento de diversas condições neurológicas e psiquiátricas, oferecendo alternativas terapêuticas não invasivas e com bom perfil de segurança. Entre as modalidades mais utilizadas estão a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e a Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC), ambas capazes de modular a atividade cerebral de forma controlada e direcionada.
A EMTsurgiu em 1985, quando o pesquisador Anthony Barker, da Universidade de Sheffield (Reino Unido), criou o primeiro equipamento capaz de estimular o cérebro com campos magnéticos sem dor e sem cirurgia.
Esse foi um marco histórico na medicina neurológica.
Nos anos seguintes, a EMT passou a ser usada em pesquisas para mapear áreas do cérebro e entender como diferentes regiões controlam os movimentos e as emoções.
Na década de 1990, os cientistas descobriram que aplicar estímulos repetidos — o que chamamos de EMTr (EMT repetitiva) — podia gerar efeitos terapêuticos duradouros, abrindo caminho para o uso clínico.
Em 2008, a FDA (EUA)aprovou oficialmente a EMT para o tratamento da depressão resistente, após estudos comprovarem sua eficácia e segurança.
Desde então, a técnica também tem mostrado benefícios em outras condições neurológicas e psiquiátricas.
A ETCC tem uma história mais antiga, mas sua aplicação moderna começou recentemente.
No século XIX, já existiam tentativas de usar correntes elétricas suaves para estimular o cérebro — mas sem a precisão e segurança que a ciência oferece hoje. O grande avanço ocorreu em 2000, quando os pesquisadores Michael Nitsche e Walter Paulus, na Alemanha, demonstraram que pequenas correntes elétricas (1–2 mA) aplicadas sobre o couro cabeludo podem modular a atividade cerebral de forma previsível e segura.
Esse estudo marcou o “renascimento” da ETCC moderna.
Desde então, a técnica vem sendo utilizada em diversas áreas da neurologia, psiquiatria e reabilitação.
Estimulação Magnética Transcraniana (EMT)
A EMT é uma técnica que utiliza pulsos magnéticos breves, aplicados por meio de uma bobina posicionada sobre o couro cabeludo. Esses pulsos induzem correntes elétricas focadas no córtex cerebral, modulando a atividade neural de acordo com o protocolo utilizado.
Como funciona?
Pulsos magnéticos repetitivos (EMTr): podem ser aplicados em alta frequência (tendendo a aumentar a excitabilidade cortical) ou baixa frequência (geralmente reduzindo a excitabilidade).
- Protocolos específicos: variam conforme o objetivo terapêutico e a área cerebral alvo, sendo definidos por profissionais especializados.
Quais são as principais indicações ?
- Depressão resistente ao tratamento
- Dor crônica e neuropática
- Reabilitação motora e cognitiva após AVC
- Transtornos de ansiedade (em casos selecionados)
- Síndrome do zumbido
- Algumas condições neuropsiquiátricas com disfunções de conectividade cortical
Dói ou “ dá choque” ?
Não. A técnica envolve apenas energia magnética e é absolutamente indolor e segura.
Vantagens e segurança
- Não invasiva, sem necessidade de anestesia
- Sessões curtas e bem toleradas
- Perfil de efeitos colaterais ausentes ou muito leves (como desconforto local ou cefaleia transitória)
Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC)
A ETCC utiliza correntes elétricas fracas (geralmente 1–2 mA) aplicadas através de eletrodos posicionados sobre o couro cabeludo. O estímulo é suave e contínuo, modulando a excitabilidade cortical de forma gradual.
Como funciona ?
- Corrente anódica: tende a aumentar a excitabilidade dos neurônios na área estimulada.
- Corrente catódica: tende a reduzir a excitabilidade.
- Modelagem individualizada: a localização, intensidade e duração da corrente são ajustadas conforme a necessidade terapêutica.
Dói ou “ dá choque” ?
Não, de modo algum . Trata-se de uma técnica indolor. Por tratar-se de uma corrente elétrica muito baixa o paciente pode sentir uma sensação de leve formigamento local durante a sessão.
Quais são as principais indicações ?
- Reabilitação motora após AVC
- Alívio de dor crônica e fibromialgia
- Transtornos de humor leves e moderados
- Transtornos de ansiedade
- Potencialização de funções cognitivas em programas de reabilitação
Vantagens e segurança
- Sensação mínima ou ausente durante a aplicação (formigamento leve)
- Baixo risco de efeitos adversos quando aplicada corretamente
Benefícios gerais da neuromodulação não invasiva
Tanto a EMT quanto a ETCC se destacam por:
- Possibilitarem intervenções precisas em áreas-alvo do cérebro
- Apresentarem perfil de segurança favorável
- Servirem como complemento terapêutico para medicamentos e fisioterapia
- Permitirem individualização do tratamento
- Contribuírem para melhora funcional, redução de sintomas e melhor qualidade de vida.

